quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Acerca da oração

Acerca da Oração – Lucas 11:1-11

Hoje, Oração é um rosário de pedidos a Deus. Os crentes são ensinados a serem insistentes. Afinal de contas, é pedindo que se recebe, é buscando que se encontra e é batendo que a porta abre. O que surge disso é uma fila interminável de pessoas supostamente diante de Deus com suas listas e mais listas.
Sabendo disso, a religião instituída que visa a sua manutenção existencial fabrica métodos e mais métodos para que tais “fiéis” se mantenham nesta escalada de pedir, buscar e bater.

Mas o que Jesus ensinou acerca da oração?
Os seus discípulos lhe pediram que os ensinassem a orar, assim como João Batista fizera com os seus discípulos. Provavelmente, queriam saber como pedir a Deus de forma que seus pedidos fossem todos aceitos. Buscavam uma fórmula de oração que desse resultado.

Então, Jesus os ensinou a orar de forma no mínimo estranha.
Orar é um reconhecimento que Deus é Pai. Nos leva a pedir que o nome Dele seja santificado e que o reino venha a nós.
Os pedidos tem a ver com sustento diário e não com o armazenar para muitos dias, o que nos ensina a voltar aos seus pés sempre, pois todos os dias precisamos Dele. O acumular nos faz relaxar quanto à dependência de Deus. Salomão, o homem mais sábio que já viveu. A sabedoria dele veio de Deus, mesmo assim ele errou devido aos seus acúmulos, entre eles: cavalos, exércitos, riquezas e mulheres.
Outro pedido está relacionado com o reconhecimento de que pecamos e por isso carecemos do perdão diário, isso atrelado ao perdão concedido aos outros que, como nós, também pecam.
Enfim nos ensina a pedir a não cair em tentação nos mostrando que o mais comum entre nós é o cair. Nosso cotidiano é recheado de “armadilhas e tentações” e se o Senhor não nos livrar, como o faremos?

Estes são os únicos pedidos que constam da oração que Jesus nos ensinou. O maravilhoso é que temos um Pai, que sabe realmente o que precisamos e exatamente o que faremos para que esses pedidos sejam cumpridos em nós. O Pai, não o torna um “santo” para santificar o seu nome, não o torna um beato para que o reino seja encontrado em você. Não te dá um emprego em uma multinacional ou mesmo te faz um empresário para que tenhas sustento todos os dias. Ele não te dá perdão por atacado ou te tornas um “sacerdote” perdoador e nem mesmo te faz imune às tentações do dia-a-dia. O Pai nos dá o que realmente precisamos para tudo isso. Ele nos dá o seu Espírito! É tudo que precisamos e nada mais. Tudo mais que realmente necessitamos o Espírito em nós nos capacita a alcançar.

Que essa seja nossa oração cotidiana.


Em Deus nosso Pai, Jesus nosso mestre e o Espírito nosso ajudador.

Tomaz

São Luis-Ma, 11/02/09