sábado, 28 de novembro de 2009

O Reino de Deus é assim - Mateus 13


O reino de Deus é assim: Ele é pequeno, mas que como uma semente semeada, nasce e se torna algo grandioso. É informe como um fermento, mas que em pequena quantidade influencia toda a massa. É algo de tão grande valor que quando achado todas as demais coisas perdem o seu valor diante da sua preciosidade. É também um reino de ambigüidades porque ele admite a convivência entre filhos de Deus e filhos do diabo num mesmo lugar. Jesus plantou no mundo os filhos de Deus – o trigo, mas nesse mesmo mundo foi plantado pelo diabo os seus filhos – o joio.

O reino é também uma rede que não faz seleção dos que apanha, vem nela todo tipo de peixe. É também algo que admite que haverá um momento em que joios serão separados do trigo e peixes bons dos peixes ruins, mas essa função não é humana, é celestial. O joio será arrancado e queimado, mas os justos (trigos) brilharão como sol no reino.

O Reino de Deus entre é assim? O que fizemos desse reino?
Transformamos o reino de Deus em nossa religião, em nossa igreja, em nossa doutrina, em nossa lei, em nossa crença. Ao fazermos isso criamos um sistema onde não há espaços pra todos só para os que achamos serem iguais a nós. Criamos um gueto que não quer se misturar não oferecendo oportunidade de mudanças para outros.

Nós somos a geração da incoerência
A geração de Jesus era tanto incrédula (Mt.17:17) quanto incoerente. (Mt.11:16-19). Hoje somos bastante crédulos, no entanto iguais ou mais incoerentes que eles.A incoerência começa quando os chamados cristãos criticam-se a si mesmos. Falam mal uns dos outros. Denigrem a imagem do outro. Julga quem é ou deixa de ser filho de Deus. Decidem arranca o joio, separar os peixes pelo seu próprio critério. Quando o mandamento para os irmãos é “amem-se uns aos outros como eu vos amei”. Não diz que precisamos concordar em tudo, não diz que devemos estar em um mesmo lugar, não diz que devemos ter a mesma doutrina, diz que devemos nos amar como Jesus nos amou.
Quem deveria nos odiar é o mundo, no entanto quem o faz são os chamados crentes. Mas não importa o próprio Jesus disse: “O servo não e maior que seu Senhor, perseguiram a mim perseguirão a vocês. Se guardaram a minha palavra guardarão a de vocês” (João 15:20).
Se assemelhar a Jesus no poder de curar, de libertar todos querem. Mas se assemelhar a ele nas perseguições quem quer? A maior batalha de Jesus não foi com os chamados pecadores, com estes ele vivia pacificamente. Foi com a religião instituída, com os teólogos e sacerdotes do seu tempo.

Pelo fato de sermos discípulos o mundo odeia. É que dizem os crentes.
Odeiam o que? Deveria ser o tipo de vida, o amor entre irmãos, a misericórdia demonstrada uns aos outros. Mas hoje o que o mundo odeia é a nossa incoerência.
Não há como agradar a todos. O caminho do fracasso é agradar a todos.
João o Batista, veio místico, não mantinha relacionamento com ninguém, vivia isolado, o chamaram de endemoninhado. Jesus veio diferente. Se relacionava com todos, de preferência com publicanos e pecadores e com eles comia e bebia. Foi chamado de comilão e beberrão.

O grande mandamento do reino é o amor. Se não há amor de nada adianta.

“O reino de Deus é um reino de amor que como um fermento se espalha em todos os lugares, becos e valados. Um amor que transcende a qualquer valor de jóias, fama ou poder. Um amor que cresce como uma pequena semente e se torna grandioso a ponto de oferecer proteção a todos que se achegue a ele. Um amor que de braços abertos admite joios e trigos, peixes bons e ruins esperando o dia da separação, mas crendo sempre que é possível o joio virar trigo e o peixe ruim se tornar um bom peixe”. (Tomaz).

Aleluia, o reino de Deus é assim!