É uma das famosas citações
da modernidade evangélica, produto de uma verborréia desprovida da verdade do
evangelho. Ela representa não fé em Deus, mas uma “teologia” triunfalista. É triunfalista
porque induz quem acredita nela, esperar o melhor pra sua vida em termos
naturais, financeiros, físicos, emocionais. O melhor de Deus a que se referem
tem a ver com posição, com carros, com o seu próprio bem estar, com
prosperidade. Ela está diretamente ligada ao que chamam de “teologia da
prosperidade” e é resultante de canas de braço aplicadas sobre texto do tipo:
“comereis o melhor da terra” e “o Senhor nos colocou com cabeça e não como
cauda”.
É uma frase que traz
como mensagem embutida, que Deus tem algo melhor do que já foi feito até hoje à
humanidade. É uma idéia bonitinha, no entanto absurdamente herética já que o
melhor de Deus para nos já nos foi enviado e é Jesus Cristo. Nada que possamos
ter, receber, conquistar ou possuir será de longe parecido como o que Jesus nos
trouxe.
A única verdade que
pode ser tirada desta frase é se for usada para dizer que o melhor da imagem de
Deus em minha vida ainda está por vir. Isso porque nosso propósito é ser
transformado em gente parecida com Jesus e ainda falta muito em nós e com
certeza só alcançaremos na eternidade.
É preciso aprender o
que disse o apostolo Paulo: “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar
como perda por causa de Cristo. Mais do que isto, considero tudo como perda,
comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo, por quem perdi
todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser
encontrado nele”.
Se Paulo chamou todo
seu lucro, tudo que lhe era muito precioso de cocô o que ele chamaria esta
frase “o melhor de Deus está por vir”?
Eu chamo de uma
falácia manipuladora de fins escusos usada em beneficio pessoal a fim de manter
um povo cativo que alimenta a avareza, a cobiça, promovendo riqueza de uns e
miséria de outro, e que fomenta alienação e, sobretudo, um foco nesta vida levando
o incauto a perder de vista o eterno.
Então como posso
chamar tal frase. Nada mais do que CoCô.
Tomaz de Aquino
São Luis, 19 janeiro
de 2012