sábado, 6 de outubro de 2012

Assim na politica como na igreja


A campanha política em São Luís teve uma marca: a presença de vários filhos de velhos políticos ou mesmo de políticos já idosos. Todos buscando a manutenção da sua própria dinastia de poder e posição, numa clara demonstração de que a cidade está dividida de forma “pro rata temporis”, isto é, dependendo do tempo de mando de cada um.

Que os políticos vivam assim e queiram preservar uma posição, é próprio deles. O problema é que assim como estes preparam seus filhos para perpetuar seu poder, da mesma forma o fazem os grandes líderes denominacionais para imortalizar suas posições de controle e manipulação na religião evangélica.

Para este perfil de liderança, o tempo do chamado acabou e voltamos ao processo sacerdotal do Velho Testamento, quando o sacerdócio era da família, ou seja, sendo os filhos os legítimos sucessores dos pais. Voltamos ao judaísmo velho testamentário!

O processo do judaísmo é o da religião, mas o de Deus é diferente. É o mesmo de quando escolheu Abrão entre os idólatras da Mesopotâmia; quando escolheu Davi, o filho de Jessé menos indicado; quando fez de Salomão, filho de Bate-Seba, o homem mais sábio do mundo; quando escolheu Raabe, uma prostituta, para fazer parte da genealogia de Jesus; quando fez discípulos de Jesus gente sem importância e sem cultura; quando fez de Saulo, o perseguidor da igreja, o maior de todos os apóstolos.

Esquecemos de que o sistema sacerdotal encerrou, não há mais levitas e nem apenas um sacerdote. Não há tribos e nem famílias especiais e privilegiadas. Todos somos sacerdotes. Somos um reino de sacerdotes!

Estamos no tempo inaugurado por Jesus, Ele chama quem quer. A escolha não é feita pelo DNA, mas pela vontade do Pai. São pessoas que ouviram o chamado “vem e segue-me”.
São como o arquétipo Melquisedeque, sem genealogia, sem pedigree evangélico.

Jesus, o nosso sumo sacerdote, não veio de nenhuma família ou tribo sacerdotal, no entanto foi enviado do Pai e a Ele foi dito: “Tu és meu filho, eu hoje te gerei”.

Estes novos líderes são, na verdade, líderes de provetas evangélicas moldadas para preservarem uma forma de controlar e manipular pessoas, uma maneira de cumprir a frase verdadeira que diz: “a religião é o ópio do povo”.

Que Deus nos livre dessa máfia religiosa!

Tomaz de Aquino
São Luis, 06/10/12