segunda-feira, 18 de maio de 2009

Competição


A Igreja importou a competição do mundo corporativo. Tudo isso, com a desculpa de cumprir o mandato da evangelização.
Quem fará mais para o Senhor? Este é o desafio lançado por muitos pregadores.
No entanto, Salomão afirma que todo trabalho feito na terra e toda realização é fruto de competição e inveja entre as pessoas (Ec 4:4). E termina afirmando que “isso também é absurdo, é correr atrás do vento”.

A Igreja dos dias de hoje tem se tornado uma casa de competição.
Quem evangeliza mais, abre mais células, tem mais poder na mídia? Quem tem mais revelação e alcança mais milagres? E por aí vai!
Enquanto isso esquecem que o Reino de Deus não é assim. O Reino de Deus é alegria, paz e justiça. Nele, não há competição, até porque como poderia um membro lutar contra si mesmo?
O povo que faz parte do Reino de Deus tem uma tarefa simples: amar a Deus e amar o outro.
Os argumentos utilizados: vamos conquistar e ganhar a cidade. Quem age dessa forma, nada mais é do que um estimulador de competição, e não tem nada com o Reino de Deus.
Sendo assim, segue a competição, resultando em valorização para quem faz mais, condecorações por células abertas, por pessoas ganhas, por valores arrecadados e até posições conquistadas por metas cumpridas.
Assistimos uma disputa acirrada entre as “igrejas”. Cada uma buscando o seu quinhão, seu nicho de mercado. Disputam posições, venda de livros, cd’s, carnês e, sobretudo adeptos.
Tudo isso não é o Reino de Deus, no máximo reino de um deus. Tudo isso é mundo, é fruto da inveja e competição.

Tomaz de Aquino