O que assistimos hoje é o
cumprimento da palavra de Paulo quando disse: “Sei que, depois de minha
partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E
dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de
atrair os discípulos”. Estes tais “ungidos do senhor” são os “falsos apóstolos,
obreiros enganosos, fingindo-se de apóstolos de Cristo” a quem o apostolo Paulo
se refere.
No entanto, quando alguns destes
nomes, sejam universais, internacionais, mundiais ou aqueles restritos ao um
quadrado qualquer, são questionados por outros cristãos, muitos se levantam com
a máxima bíblica: “Não toqueis nos ungidos do senhor”.
Em primeiro lugar é necessário
deixar claro que “ungidos do Senhor” não são apenas os chamados pastores e
líderes, mas sim todos os que, como filhos de Deus, têm em si mesmo o Espírito
de Jesus, pois a Bíblia diz: “Vos possuis a unção que vem do santo”. O texto
que cita “Não toqueis nos meus ungidos” (1 Cr.16:22), se refere a uma palavra
de Deus direcionada ao reis das nações onde Israel estaria passando para que
nenhum dos filhos de Israel(os ungidos do Senhor) fossem maltratados. Não se
tratava de uma classe especial de pessoas, mas sim para todos de Israel.
Pergunto então: Não podemos
questionar os chamados “ungidos do Senhor” quando estes estão fazendo coisas
questionáveis? Porque tanta necessidade de defender tais pregadores como se o
questionamento fosse feito ao próprio evangelho e à igreja de Jesus?
Interessante! Paulo não tinha
tais problemas ou escrúpulos em questionar tais tipos de líderes. Ele não tinha
nenhum respeito a tais pregadores desse evangelho corrompido e os chamava de
lobos, vendedores de ilusões e mercenários da palavra, espoliadores e
dominadores.
Por que tais apóstolos fraudulentos
não podem ser questionados? Por que quem torna a mensagem do evangelho um
negócio não pode ser questionado? Por que quem manipula as pessoas pelas suas
necessidades apresentando-as a um deus humano que admite barganhas?
Se Paulo não tinha qualquer
problema em questionar tais homens eu também não tenho e posso questioná-los
assim como eu mesmo posso ser questionado.
Portanto, a minha resposta à
pergunta se podemos questionar a líderes “ungidos do Senhor” com práticas anti-bíblica
é: Podemos sim questionar os que intitulam ungidos do Senhor, sejam honestos ou
desonestos, mas sempre todo questionamento deve ser feito com a verdade e em
amor a fim de que se crie uma possibilidade de restauração e arrependimento.
Tomaz de Aquino
São Luis, 22 de março de 2012-03-22