sábado, 10 de janeiro de 2009

Pessoas ou Dinheiro


Todos os dias assistimos diversos programas de tele-pastores com pregações sobre sucesso financeiro, inclusive com promessas de prosperidade a quem se tornar seu sócio, parceiro, gideão e outros adjetivos. A idéia parece ser a de que a prosperidade financeira é tudo que precisamos e é a principal marca da atuação de Deus nestes dias, ou seja, ser pobre é não ter a bênção de Deus.
De fato assistimos a deificação do dinheiro ao status que a Bíblia já lhe dera a tempo – um deus “Mamom”, que disputa com Deus o lugar principal no coração do homem. No entanto Jesus assim nos adverte: “não podeis servir a Deus e a Mamom”.
O dinheiro como um deus que é, tem se imposto como um poder do qual todos precisamos e como instrumento único de transformação da sociedade. Esse conceito traz à tona a máxima do Silvio Santos: “tudo por dinheiro”.
No entanto através da historia vemos que sempre agiram dois poderes: dinheiro e pessoas. O dinheiro da a impressão de ser maior, pois é com ele se adquire tudo que precisamos. O autor do livro de Eclesiastes diz que o dinheiro oferece proteção alem de resolver todas as necessidades. Mas será que ele é maior do que pessoas, mesmo sem nenhum recurso?
O dinheiro pode ter ganho muitas batalhas ao longo da historia, mas raramente tem ganho a guerra. Toda revolução na historia foi resultado do poder coletivo de pessoas.
Mahatma Gandhi pelo poder de pessoas libertou sua nação. Sem dinheiro somente com palavras influenciou seu povo a lutar pela liberdade. O resultado foi o poderio inglês se render a um homem e suas idéias disseminadas no meio do povo.
Madre Tereza de Calcutá influenciou o mundo com seus gestos de paz e ajuda aos pobres. É provável que poucos tenham feito tanto quanto ela.
Jesus Cristo mudou a história da humanidade, sem recursos, mas com gente. Ele fez com que pessoas fossem transformadas em seus instrumentos de transformação do mundo. Eram pessoas sem nenhum recurso financeiro e com pouquíssimos recursos intelectuais. Jesus provocou uma grande revolução a partir de 12 homens que foram, pela aparência com ele, chamados cristãos. Tais cristãos, sem dinheiro, transtornaram o mundo.
O apostolo Paulo, que teve que trabalhara fazendo tendas para se sustentar, com seu senso de missão e poucos recursos financeiros, levou o evangelho aos povos gentios, incluindo a Europa, e a Asia.
Mesmo que estes argumentos não fossem suficientes, tenho um ainda maior. Jesus morreu por pessoas. Ele jamais morreria por dinheiro ou por coisas. A Bíblia: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Nem mesmo o universo seria grande e valioso o suficiente para que Jesus morresse por ele. No entanto ele deu a sua vida por amor de pessoas.
O verdadeiro poder emerge das ações coletivas. Quando entendemos que em nossas ações há poder podemos mudar uma nação. É tempo dos cristãos deixar de firmarem-se no que tem para colocarem a sua segurança naquilo que são.
Somos filhos de Deus e como tais, unindo nossas ações de verdadeiros cristãos, pessoas parecidas com Cristo, será possível mudar o destino da nossa nação.

Conversi ad Dominum